Learning resource
Fórum Teatro para a Tolerância em contextos educacionais
- Capacitação dos jovens, deixando-os resolver os seus próprios problemas.
- Desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas através da imaginação de outras situações de grupo.
- Detetação de problemas dentro do grupo, a vítima e o abusador na situação.
- Formação dos estudantes para que ativamente resolvam os reais problemas das suas vidas, e que reajam à injustiça social e à opressão.
O fórum teatro tem como objetivo usar o drama como uma ferramenta efetiva para compreender e perspetivar alternativas para problemas sociais e interpessoais.
O workshop fórum teatro (120 minutos) é um processo que deve ser desenvolvido em duas fases:
1. Iniciação (warming up) com jogos e atividades: o educador pode escolher algumas atividades relacionadas com os sentidos, que permitam aos participantes relaxar e focarem-se na atividade. Estas atividades farão com que os participantes se sintam confiantes dentro do grupo. Um exemplo pode ser fazer uma pequena sessão de relaxamento com música calma. Os estudantes permanecem de olhos fechados, enquanto o facilitador conta a história que os mesmos têm de recriar nas suas mentes. Os estudantes devem estar em círculo.
2. Escrita do enredo: uma vez que o grupo já está formado, o facilitador solicita aos participantes a partilha de uma experiência de opressão pela qual já tenham passado, identificando quer o oprimido, quer o opressor em cada situação. Os textos serão escritos coletivamente, baseados nas histórias de vida dos participantes, incluindo os fenómenos da discriminação, do preconceito, do trabalho, desemprego, violência…
3. De modo a auxiliar este processo, as seguintes questões podem ser colocadas, para que a peça possa ser definida de modo apropriado: o que é que o protagonista (oprimido) quer alcançar? O grupo pode definir o que é que o protagonista deseja, para que mais tarde os seus problemas possam ser identificados. Qual o obstáculo que leva o oprimido a falhar na conquista do seu objetivo? Essas dificuldades serão expressas pelos atores. Quais são as possíveis soluções? As possíveis soluções para o problema devem ser definidas antes da peça ser apresentada, para que se garanta que o público chega às mesmas conclusões.
4. Seleção dos atores e ensaios: após a seleção das situações que serão apresentadas, a peça começa. Os atores são selecionados para que possam ensaiar as peças escritas (recomenda-se uma por semana) e apresentar. Todo este processo deve ser acompanhado por um mediador.
A apresentação do fórum teatro (120 minutos) é dividida em 3 fases:
1. Warming up do público ou espetadores ativos: todas as sessões do Fórum teatro inicia-se com um “aquecimento” dos espetadores. O/A facilitador(a) explica as regras do jogo (ver explicação a baixo) e estimula a participação. Algumas atividades de relaxamento e técnicas podem ser implementadas dependendo do público (tipo e número de pessoas).
2. Desenrolar da peça: os atores apresentam a peça, em que uma situação não ideal é representada. A peça é baseada num conflito entre o protagonista (oprimido) e o antagonista (opressor). Esta será a primeira apresentação, como um espetáculo convencional, em que o público se mantém passivo.
3. Fórum: depois de ter terminado a apresentação da peça, inicia-se a discussão com o público. No palco, a peça volta a ser apresentada mas o público tem um papel ativo, tentando resolver os problemas identificados que impediram o personagem oprimido de alcançar o seu objetivo. Agora os espetadores podem parar a peça e fazer parte dela como se fossem atores. As regras são as seguintes:
a) De cada vez que um espetador quer fazer parte da peça, tem de dizer “STOP” e depois especificar que personagem quer substituir. O espetador é agora o ator e os restantes atores devem improvisar o drama de acordo com o que o novo ator diz.
b) Durante a segunda performance o facilitador pode intervir e discutir com o público o quão praticável são as alternativas propostas.
c) O público vai finalmente definir o fim da história.
O/a facilitador(a) deve também seguir algumas regras:
- Deve evitar influenciar a opinião dos espetadores ou chegar a alguma conclusão.
- Não pode decidir nada unilateralmente; só pode explicar as regras, mas deve aceitar possíveis sugestões do público para alteração de regras.
- Deve garantir a direção do drama para que esta não se torna confusa, interpelando o público para a redirecionar sempre que necessário.
- A linguagem física é extremamente importante. O/a facilitador(a) é uma personagem visível do jogo (mesmo que não tome parte da peça). Por exemplo, se está cansado, o público irá sentir o mesmo; em oposição, se é enérgico/a, o público sentir-se-á provavelmente mais propenso a ser parte ativa da peça.
Fontes:
Tânia Baraúna Teixeira. Tomás Motos Teruel. De Freire a Boal. Pedagogía del Oprimido. Teatro del Oprimido. 2009, Ñaque Editora.
Patricia Brander et al. Compass. Manual for human rights education with young people. 2012 edition.
- Um facilitador que dinamiza a peça (educador ou formador).
- Um grupo de cinco atores e o público.
- Cenas organizadas com: recursos reciclados, roupas sustentáveis para cada personagem, luz, dispositivos de música.
- Sala vazia.
O processo pode ser avaliado de acordo com os seguintes aspetos:
- A ação foi apresentada de forma clara, de modo a que o público compreendeu o enredo?
- Os espetadores intervieram no processo?
- Os espetadores chegaram a conclusões através do debate desenvolvido?
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